Lote é formado por 221 mil restituições, distribuídas entre contribuintes prioritários e não prioritários; o valor total do crédito é de R$ 558,8 milhões
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Empresários vêem infra-estrutura como prioridade
A crise financeira mundial não diminuiu a preocupação dos empresários com a necessidade de investimento em infra-estrutura.
A crise financeira mundial não diminuiu a preocupação dos empresários com a necessidade de investimento em infra-estrutura. A exigência de ser mais competitivo num ambiente com menor demanda e a perspectiva de volta do crescimento econômico no médio prazo fazem com que, mesmo num momento de desaceleração da produção, a infra-estrutura se mantenha como uma das maiores preocupações do setor industrial para os próximos cinco anos. |
De acordo com pesquisa da consultoria KPMG com 328 executivos de grandes companhias em todo o mundo, 71% das empresas consideram que a infra-estrutura no país onde estão instaladas é adequada para os seus negócios, mas 77% dos executivos acreditam que o nível atual dos investimentos no setor é insuficiente para sustentar o crescimento de longo prazo de suas companhias. O levantamento foi realizado em novembro e dezembro do ano passado. Os executivos se mostram otimistas com a recuperação do crescimento econômico mundial daqui a cinco anos e 58% dos entrevistados disseram acreditar que o desempenho da economia nos país em que estão instalados será melhor ou muito melhor depois desse período. |
A crise, porém, dificultará a obtenção de recursos para investir em transporte, energia e saneamento, mesmo na opinião da minoria mais otimista (0,06%) dos executivos, que considera que a performance da economia mundial será muito melhor daqui a cinco anos. Entre os principais receios das empresas estão se os países terão condições econômicas para realizar os investimentos - estabilidade, crescimento -, se os governos terão capacidade de gerir os projetos e se haverá financiamentos disponíveis. "O risco de não haver financiamentos é um item citado por 73% das empresas, o que já mostra o reflexo da crise", diz Márcio Lutterbach, sócio-líder da área de infra-estrutura da KPMG no Brasil. |
O continente mais mal avaliado pelos entrevistados sobre a qualidade da sua infra-estrutura foi a África, com apenas 3% de aprovação. A América do Sul aparece com 16% de avaliação positiva, atrás de regiões como Ásia, com 39%, Oriente Médio, com 37%, e Leste Europeu (21%). |
"São resultados que interferem na decisão de investimentos das empresas", diz Lutterbach. Segundo a pesquisa, 90% dos executivos afirmam que a disponibilidade e a qualidade da infra-estrutura interferem diretamente na escolha de onde instalar suas operações. A melhor avaliação foi dada à Europa Ocidental (73%), seguida da América do Norte (69%). |
Analisando apenas o Bric - grupo de países emergentes formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China -, a aprovação da infra-estrutura pelos executivos é de 71%. O Brasil fica abaixo da média, com 51%, assim como Rússia (45%) e Índia (52%). Os olhos dos empresários continuam voltados para a China, onde 95% deles consideram a infra-estrutura local adequada para o desenvolvimento de seu negócio. "Estamos dentro da média do grupo, mas muito aquém da China, que passa confiança ao mercado pelo volume de investimentos que estão sendo realizados", afirma Lutterbach. |
Segundo o estudo da KPMG, entre as principais preocupações dos executivos está o transporte rodoviário, item citado tanto pelas empresas instaladas em regiões desenvolvidas como nas que ficam em áreas mais pobres. Segundo os empresários, a manutenção e expansão da malha viária é um dos investimentos mais urgentes a serem feitos, seguido do aumento da oferta de energia. "Nas regiões menos desenvolvidas, enxergam a necessidade de ampliação da malha, mas nos países desenvolvidos também há forte demanda por manutenção", diz o sócio da KPMG. |
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