Os microempreendedores individuais (MEI), as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), devem ficar atentos para não serem excluídos de ofício do Simples Nacional, por motivo de inadimplência.
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Inadimplência freia crédito e saldo cresce apenas 0,4%
O sistema concedeu, em média, R$ 8,974 bilhões em crédito novo por dia útil, 9% a mais do que em janeiro.
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro ficou praticamente estagnado no primeiro bimestre. O aumento de apenas 0,4% em fevereiro, após queda de 0,2% em janeiro, foi insuficiente para que o saldo saísse da casa dos R$ 2,03 trilhões, em que já se encontrava em dezembro.
A fraca retomada reflete, em alguma medida, a postura mais conservadora das instituições financeiras diante do aumento do risco de calote nos últimos meses. Embora tenha se estabilizado em relação a janeiro, quando atingiu 5,8%, a inadimplência "ainda é elevada", observou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, referindo-se ao crédito livre.
Mas a média diária de novos empréstimos e financiamentos subiu em fevereiro, após dois meses consecutivos de queda. O sistema concedeu, em média, R$ 8,974 bilhões em crédito novo por dia útil, 9% a mais do que em janeiro. Essa recuperação não foi, porém, suficiente para retomar o nível de dezembro (R$ 9,333 bilhões) e muito menos o de novembro (R$ 9,748 bilhões).
O aumento do volume médio diário foi maior para as empresas (9,4%) do que para as pessoas físicas (8,3%). Dados parciais fornecidos por Maciel indicam que isso se repetirá em março. Segundo ele, comparando-se os 11 primeiros dias úteis de cada mês, a média diária sobe 9% nas operações a empresas e 6,5% as famílias.
Na soma dos dois segmentos, a média cresce 7,9% na parcial de março. O fato de essa expansão ser menor do que a de fevereiro é mais um sinal de que o crédito continua comportado e não é visto pelo governo como fator de pressão inflacionária. Ou seja, tanto dados de fluxo (concessões) quanto os de estoque apontam moderação.
Em 2010, quando o estoque cresceu mais de 20%, pressionando consumo e preços, o governo adotou medidas para conter a expansão, posteriormente revertidas.
A desaceleração nos últimos meses é evidente também quando se olha as variações acumuladas em 12 meses. No período terminado em fevereiro, o saldo das operações de crédito subiu 17,3%, ante 19% em 2011.
As projeções do BC indicam que em 2012 a expansão será ainda mais modesta, ficando em 15%, o que pressupõe taxas mensais de crescimento inferiores às de iguais meses de 2011.
O crescimento não será homogêneo. A previsão do BC é de que a carteira dos bancos públicos cresça 19%, a dos privados nacionais, 12% e a dos estrangeiro, 13%. Em 2011, o sistema financeiro estatal também liderou a expansão do crédito, ampliando o saldo das operações em 23,8%. Os outros dois segmentos cresceram, respectivamente, 14,4% e 18,3% no ano passado.
O maior dinamismo das operações dos bancos estatais está associado ao crédito direcionado, principalmente o habitacional. O BC projeta para 2012 uma elevação de 21% no estoque de crédito direcionado e de apenas 12% no saldo de empréstimos e financiamentos com recursos livres.
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