’A meta vai ser cumprida, em tudo que depender do governo’, apontou secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan
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Pequenas estrangeiras têm dificuldades com as regras
As empresas que mais têm procurados esses profissionais qualificados em sua maioria são das áreas de health care, hotelaria, indústria de embalagens e fabricantes de alimentos.
Os investimentos de grandes empresas no setor de infraestrutura nesta década têm trazido para o Brasil muitos fornecedores que integram a cadeia de suprimentos, especialmente pequenas e médias empresas (PMEs) de origem europeia.
Isso tem elevado a demanda das consultorias para compreender as regras contábeis e financeiras do País, que ainda - lentamente - migram para o padrão mundial de contabilidade (IFRS na sigla em inglês), segundo o diretor da LCC Auditores e Consultores, Marcello Lopes.
"Uma das grandes dificuldades das pequenas e médias empresas da Europa que chegam ao Brasil é analisar as demonstrações financeiras e adequá-las às normas internacionais. A maioria dos profissionais que trabalham nelas não está acostumada e nem preparada com a metodologia contábil das normas internacionais promovidas pela Lei 11.638/07, que normatizou as demonstrações financeiras no Brasil", diz Lopes.
As empresas que mais têm procurados esses profissionais qualificados em sua maioria são das áreas de health care, hotelaria, indústria de embalagens e fabricantes de alimentos.
As principais dificuldades dessas empresas listadas por Lopes, são profissionais capacitados, implementação de controles, gerenciamento de informações adequado e conscientização da importância das informações apresentadas nas demonstrações financeiras.
O especialista explica que as pequenas, médias e empresas limitadas não têm fiscalização, nem divulgam suas informações. Logo os profissionais da área contábil não têm habilidades para aplicação das normas promovidas pela Lei 11.638/07.
Com isso, grandes empresas de auditoria ainda dominam o mercado e algumas empresas pequenas auxiliam na organização dessas companhias, para atender todos os requisitos necessários, implementando normas e procedimentos, revisando a escrita contábil e fiscal com a finalidade de adequá-las as novas exigências, para depois passarem por um processo de auditoria.
Em geral os trabalhos dessas empresas abrangem reuniões com a diretoria e briefing para entendimento do que deve ser realizado e um diagnóstico com entrevistas e alguns testes sucintos nas áreas financeira, contábil, fiscal e tributária. "Após apresentação deste diagnóstico, sabemos em qual situação a empresa se encontra, e podemos trabalhar mais nas questões relevantes que envolvem a falta de procedimentos", diz Lopes.
O consultor destaca a importância da mudança cultural que está ocorrendo com a Lei 11.638/07, e que o empresariado brasileiro tem que ter consciência que ele pode usar a contabilidade com ferramenta de gestão e não olhá-la, meramente, como uma despesa só para atender formalidades. "Infelizmente, a ideia da contabilidade para pequenas e médias empresas é atender o fisco".
Lopes destaca a carência de profissionais que conheçam as normas internacionais. De acordo com um consultor as universidades brasileiras de ciência contábeis não estão preparadas para formar profissionais com esse gabarito. "O que as universidades têm oferecido são cursos extracurriculares, mas nada que esteja intrínseco na grade curricular. Esses profissionais têm surgidos das experiências de trabalho, porque já estão acostumados nas multinacionais, a trabalhar com outra moeda, a atender a matriz, e estão familiarizados com todo esse ambiente", finaliza Lopes.
Cade
A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na sexta-feira, sem restrições, a aquisição pela Unipar Participações dos 50% restantes da Carbocloro que eram controlados pela Occidental Química do Brasil. O negócio, que totalizou R$ 550 milhões, havia sido comunicado ao mercado no dia 22 de março. Na ocasião, a Unipar anunciou ter contratado os bancos Itaú BBA e Bradesco BBI para realizar duas emissões de títulos, uma de notas promissórias e a outra de debêntures.
Nesta semana, o Cade, presidido por Vinícius Carvalho, julgará a aquisição de Casas Bahia e Ponto Frio pelo Grupo Pão de Açúcar. Na próxima quarta-feira, dia 17, mais de três anos após o anúncio das operações, será feita a votação. Em meados de março, uma fonte próxima ao assunto havia afirmado à Reuters que o processo seria votado até o final deste mês. A aquisição da Casas Bahia foi anunciada em dezembro de 2009 e teve os termos revisados em meados de 2010, enquanto a compra do Ponto Frio ocorreu em junho de 2009.
No início deste mês, o Conselho de Administração do Pão de Açúcar aprovou celebração de Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) com o Cade relacionado à união com Casas Bahia. Tal termo envolve "a solução que mais bem atende aos interesses da ViaVarejo", segundo a companhia. A ViaVarejo reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Nova Pontocom, unidade de comércio eletrônico do grupo.
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